quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Deputado alerta sobre novo tipo de desapropriação de terras


Comissão aprova PDC que susta 

IN 83/2015 do INCRA



A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) nº 184/2015, de autoria do deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC) que susta a aplicação da Instrução Normativa (IN) nº 83/2015, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A IN 83 do Incra estabeleceu diretrizes para os procedimentos administrativos e técnicos das ações de obtenção de imóveis para assentamento de trabalhadores rurais. Para o deputado Colatto, a norma busca criar um novo tipo de desapropriação. 

“A finalidade institucional dos Ministérios envolvidos, de promover a Reforma Agrária, não pode se sobrepor à soberania da Constituição Federal na atribuição de competências e na exigência de lei formal para disciplinar determinadas matérias. Os ministros estão tomando para si uma atribuição que é do Congresso Nacional”, pontuou Colatto.

Em sua justificativa, o parlamentar catarinense destaca que a IN 83/2015 do Incra não tem previsão legislativa, isso porque, estabeleceu em seu artigo 3º que “os imóveis constantes no cadastro de empregadores que tenham mantido trabalhadores em condições análogas à de escravo de que trata a Portara Interministerial MTE/SEDH nº 2º, de 31 março de 2015”, conhecida como lista suja do trabalho escravo, serão incorporados ao programa de reforma agrária, ou seja, serão instaurados processos de expropriação para fins de reforma agrária, mediante notificação de fiscais e sem direito a indenização.

Contudo, a preocupação não fica apenas aí, já que a IN 83/2015, determina, em seu artigo 11 e seguintes, que a Diretoria de Obtenção de Terras do Incra oficiará o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para fornecer, periodicamente, cópia de todos autos de infração identificando os produtores rurais que tenham sido flagrados com trabalhadores enquadrados pelos fiscais em condições análogas a de escravo.

Suspensão


No início de setembro, após pressão feita pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), encabeçada pelo deputado Colatto, a Advocacia-Geral da União (AGU) emitiu despacho assinado pelo advogado-geral, Luis Inácio Lucena Adams que determinou a suspensão da IN nº 83/2015. “A suspensão foi uma medida paliativa. Queremos garantir que a IN seja revogada”, frisou Colatto.


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Stedile: “Vocês não se atrevam”



Stedile volta a ameaçar brasileiros 
contrários ao governo petista –
 “Vocês não se atrevam”



Esse foi o a mais nova ameaça feita pelo líder do MST, aquele o qual Lula disse em evento recente ter um “exército”, e deixou claro que está pronto para “brigar”, “sobretudo quando Stedile colocar o exército dele do nosso lado”. 

Anteriormente Stedile já havia ameaçado o país sobre possível “golpe” contra o governo –  “SE HOUVER GOLPE,HAVERÁ REVOLTA”, disse o líder do braço armado do PT.

Ainda durante as eleições, Stedile, ao lado de Lula, ameaçou o país – se Dilma não for eleita ‘vai ter protesto todo dia’, disse Stedile.

Stedile também prometeu  “guerra” se Aécio ganhasse as eleições. Assim como quando Marina alçou o segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, também prometeu protestos diários, caso Marina fosse eleita.

A ultima ameaça foi transmitida ao vivo pela rede oficial de TV do governo Brasileiro, a NBR, na ocasião Stedile discursou na abertura da colheita do arroz agroecológico, em Eldorado do Sul – RS.

Em seu discurso Stedile chamou manifestantes contrários à Dilma de fascistas e golpistas e voltou a ameaçar: “Vocês não se atrevam”.


sábado, 24 de outubro de 2015

Lula com boné do MST critica Lava-Jato



Em feira do MST, Lula critica delações da Lava-Jato

Ex-presidente se disse irritado com citações a seus familiares nas investigações

POR SERGIO ROXO



SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou na manhã deste sábado a feira do Movimento dos Sem Terra (MST), que está sendo realizada no Parque da Água Branca, na zona oeste de São Paulo. Ao final da visita, Lula se reuniu com integrantes da direção nacional do MST e disse estar muito irritado com as citações a nomes de seus familiares na Operação Lava-Jato.
— Ele falou que está muito irritado porque são inverdades. Citam nomes de familiares dele sem provas e ele tem que ficar defendendo. Além de defender o PT, tem que defender a família — disse João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST.
Já as lideranças do MST se queixaram a Lula de programas federais que estão parados. Citaram programas de compra de alimentos produzidos em assentamentos, uma linha de crédito do BNDES para agroindustria e incentivos à produção agroecológica.
O ex-presidente ficou de levar as demandas à presidente Dilma Rousseff. Lula não deu entrevista. Ao ser abordado sobre a sua relação com o pecuarista José Carlos Bumlai, respondeu aos jornalistas em tom de brincadeira:
— Sou mulçumano. Não falo de política aos sábados.
O ex-presidente é católico e, na verdade, a restrição para atividades aos sábados faz parte da religião judaíca.
O empresário e pecuarista José Carlos Bumlai vai dizer à Justiça, quando convocado a depor, que pagou, por exemplo, armários embutidos para a nora de Lula, a título de “presente de casamento”, e que o valor ficou em torno de R$ 10 mil.
A participação de Lula no evento do MST não foi divulgada pela assessoria do ex-presidente. Lula chegou acompanhado da ex-primeira-dama Marisa, conversou com expositores, visitou barracas que vendiam comidas e produtos cultivados em assentamentos. Em um dos estandes, parou para almoçar.
Durante o seu passeio pela feira, Lula, que usava um boné do movimento, foi cumprimentado por integrantes do MST e posou para fotos com vários deles.




Índios: CPI no Mato Grosso do Sul desmascara o CIMI

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

PSDB e sua boca torta


Aécio tenta arrumar a casa

Péricles Capanema

Estadão de 11 de outubro último publicou entrevista de arrumação da casa do senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB. O líder tucano começa confessando, a oposição enérgica contra o petismo da última campanha não foi a primeira escolha dos dirigentes partidários. Achavam eles, alguma coisa mais boazinha cairia melhor no goto do público: “Foi uma campanha que começou com um discurso até sedutor de terceira via, que é até algo adequado e razoável”. Terceira via, vejam só, aproveitar o melhor dos dois lados, tererê, tererê, um meio termo entre a política petista e o quê? Claro, o fantasma do neoliberalismo. Erraram feio, o povo, nada seduzido, queria outra coisa, nitidez e rumo contra o que estava no poder. Virou as costas, a campanha ameaçava ir a pique. Aí mudaram rápido o tom, o eleitorado gostou, começou a dar ouvidos. Aécio é cândido: “A dinâmica da campanha [...] e as circunstâncias políticas permitiram que o PSDB voltasse a falar com a sociedade”. De outro jeito, não estava conseguindo falar antes. Evitaram assim fiasco eleitoral e saíram da campanha como a grande força oposicionista, tendo no bolso o tantas vezes decisivo argumento do voto útil.

Parece que no início adiantou pouco a retificação de rota. O uso do cachimbo faz a boca torta; parte boa dos tucanos de proa perde eleitorado, mas não perde o vezo, a recaída foi rápida. Um sintoma importante foi a declaração de Serra em Harvard, abril último: se ufanava de estar “mais à esquerda que o PT”, a quem chamou de “reacionário”. Outro sintoma, FHC, começo de agosto, em declarações divulgadas pela agência Deutsche Welle, mimava Lula. Tem “muitos méritos”, história pessoal “impressionante”, “é um líder popular”. E trotou alegre na política de preservação: “Não se deve quebrar esse símbolo, mesmo que fosse vantajoso para o meu próprio partido”.

Políticos mais jovens do PSDB sem o vezo dos velhos aliados das políticas vermelhas, precisando urgentemente de voto para consolidar a carreira, reagiram vivamente; se for para ganhar eleições, não dava para continuar com namoricos suicidas na frente de um eleitorado que exigia de forma crescente energia contra os desmandos da esquerda no Brasil. Aécio de novo (já apagou esse fogo algumas vezes nas últimas semanas) entrou em campo para rearrumar as tropas e declarou na mencionada entrevista: “O PSDB resgatou a polarização. É o grupo político em condições de encerrar o ciclo perverso do PT”. Polarização deixou de ser nome feio, ficou até bonito. Foi além, reiterando denúncia gravíssima: “Nós não disputamos contra um partido político, disputamos contra uma organização criminosa que se apoderou do Estado e estabeleceu um terrorismo”.

Os tucanos vão continuar caminhando nessa direção? Sei lá. Sei apenas que corresponde ao que exige um eleitorado exasperado, onde, no meio de ebulição emocional, cada vez mais deitam raízes as posições de princípio. Parece que agora muitos dirigentes tucanos se deram conta, se quiserem ser, com chances eleitorais, o grupo político em condições de encerrar o presente ciclo perverso, precisam deixar de fumar o cachimbo da paz com as esquerdas. O eleitorado está achando muito feia essa boca torta. (fonte: blog do Péricles Capanema)


PROXIMIDADES VENEZUELANAS


PROXIMIDADES VENEZUELANAS

Maria Lucia Victor Barbosa


Quem pensa que o PT acabou está muito enganado. Quem subestima o inimigo perde a guerra. E não é impróprio usar o termo inimigo para classificar o partido que arruinou a economia, corrompeu as instituições, falsificou dados financeiros, mentiu aos eleitores, aniquilou valores e fez a opção pelo atraso que se evidencia na quebradeira da indústria, no descalabro da Saúde, na ruina da educação, na trava do comércio internacional com países que trariam vantagens e progresso ao País.

O mal foi entronizado pelos eleitores e está disseminado, empesteando a máquina administrativa com incompetentes que se agarram aos cargos com unhas e dentes. E o mal se avantajou e se fortificou pela inexistência de oposições, notadamente do PSDB sempre pronto a apoiar o PT, além da idolatria tucana por Lula da Silva.

Em outra vertente, na tentativa de recompor a fracassada experiência soviética e a derrocada do comunismo no mundo foi constituído o Foro de São Paulo, que congrega organizações de esquerda e dá diretrizes para a América Latina onde o atraso e a desigualdade social é terreno propício para as pregações de ditadorezinhos travestidos de socialistas, mas que vivem como nababos usufruindo das delicias do capitalismo.

Para exemplificar o caminho traçado pelo Foro de São Paulo tomemos a Venezuela ainda sob o comando de Hugo Chávez, outro que destruiu seu país e que mesmo morto continua a governar através de seu genérico, Nicolás Maduro. Chávez primeiro tentou um golpe. Não deu certo. Em outra etapa logrou se eleger. Posteriormente dominou o Legislativo, o Judiciário e as Forças Armadas. A partir daí fez uma constituição á sua imagem e semelhança e governou despoticamente até morrer, chamando-se de democrata.

Voltemos ao Brasil. No mensalão ficou evidente como é fácil comprar o Legislativo. E não só com dinheiro se adquire uma base para o PT chamar de sua. Cargos também servem. Rousseff tentou agora salvar-se do impeachment com sua desastrada reforma ministerial.

O Judiciário surpreendeu com o ministro Joaquim Barbosa, que logrou por na cadeia figurões do PT e pessoas endinheiradas. Outro destaque foi o juiz Sérgio Moro que desbaratou o cartel de empreiteiros e desmascarou diretores da Petrobras que recolhiam propinas para irrigar campanhas, notadamente as do PT. Eles foram presos e condenados pelo juiz.

Moro, porém, teve suas asas cortadas quando o Ministro do STF, Teori Zavascki, decidiu que ele só poderia atuar no âmbito da Petrobras, em que pese as mesmas quadrilhas agirem em outras entidades estatais.

No momento, as delações premiadas apontam para os crimes de várias autoridades do Executivo e do Legislativo, além Lula da Silva e sua família, mas parece haver só um grande corrupto da República: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Só ele tem contas na Suíça. Só ele recebeu propina. Destaque na imprensa que devassa suas contas e documentos ele está sob ataque seletivo do Procurador-Geral da República. O PSDB pede seu afastamento. Deputados valentes pedem sua cassação e já se falou até em prisão.

Por que só ele? Porque o presidente da Câmara é quem abre o processo de impeachment. E ele o fez. Contudo, os ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, a pedido de fiéis emissários do PT, muito oportunamente concederam três liminares que suspenderam as regras de tramitação determinadas por Cunha e Rosa Weber, em “juridiquês”, impediu através de uma dessas liminares que o presidente da Câmara retomasse o rito do impeachment.  Com isto o governo ganhou um tempo precioso para acabar com Eduardo Cunha. Sem ele cessa o perigo do impeachment, pois não se pode esperar nada da chamada oposição. Terá, então, havido uma ingerência entre Poderes? Um fato muito grave como o é um rompimento institucional?

Outro acontecimento dá o que pensar: Os comandantes das Forças Armadas tiveram seus poderes subtraídos e passados para o Ministro da Defesa. Isso foi feito por um decreto, cuja iniciativa partiu de uma senhora que é secretária geral do ministério da Defesa e que vem a ser mulher do segundo na hierarquia do MST.  O atual ministro é o comunista Aldo Rebelo. Dizem que quando precisam de alguém muito incompetente o chamam.

Em recente declaração à Folha de S. Paulo, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, disse ver risco de a atual crise virar uma “crise social” que afetaria a estabilidade do País. Segundo o general isso diria respeito ás Forças Armadas e cita a Constituição mostrando que as FFAA “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos Poderes constitucionais e, por inciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”, sob autoridade presidencial. Fiquei na dúvida se o general se preocupa em defender o povo ou a autoridade presidencial, em caso de crise social.

Com tanto poder o PT pode salvar Rousseff. Ela continuaria até fim do mandato ensacando vento e conduzindo o País ao agravamento da crise econômica, cujas dimensões dão medo aquilatar.




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sábado, 17 de outubro de 2015

Índios arrendam as terras das reservas que recebem do governo


Índios arrendam suas terras


      A “razão” pela qual os índios andam bloqueando a RS-324, em Ronda Alta, é um achaque ao Estado de Direito.  Fiquei perplexo ao saber que o que eles querem é o “direito” de continuar arrendando as terras que foram assentados. 

Nenhum imóvel rural ou urbano  pode ser locado ou arrendado em projetos de assentamento. O objetivo de um assentamento é atender uma necessidade de moradia e de sobrevivência. 

Por isso que é proibido locar imóveis desse tipo. Até mesmo na cidade, uma casa ou apartamento do Minha Casa Minha Vida, por exemplo,  só pode ser usado pelo próprio beneficiário. 

       Em Ronda Alta, os índios conseguiram 12 mil hectares, há 20 anos, desalojando centenas de colonos, na chamada  Serrinha. Alguns deles estão muito próximos de nós, foram assentados no Assentamento 25 de Julho, em Três Lagoas, Ernestina. O próprio prefeito Nico e o vereador Rosseto eram moradores da Serrinha e tiveram suas terras expropriadas, entregues para os índios, e imediatamente arrendadas para brancos.

        O que assistimos nesse protesto dos índios é um achaque a ordem pública.  A Justiça Federal, em acordo com a lei, os proibiu de continuarem arrendando as terras. Em regra só arrenda terras quem não precisa delas para sobreviver.

 É o que fazem os proprietários rurais aposentados ou que têm outras atividades. Veja, numa área de cinco hectares, uma família pode sobreviver produzindo leite. Se for arrendar cinco hectares, receberá 70 sacas de soja, irá faturar menos de R$ 5 mil por ano. 

É por isso que os índios reivindicam áreas enormes. Quanto mais terra, mais arrendamento. O que está acontecendo em Ronda Alta é a evidência de que índio não serve para a roça, não é dado ao trabalho da lavoura, deveria ser assentado na  cidade  para atender a necessidade de mão-de-obra,  no país que chegou ao pleno emprego. 

Muitas demarcações são feitas sob o argumento de que precisa-se manter a cultura do índio no campo. E aí? Manter cultura de que forma se não querem trabalhar na lavoura, locam as terras para terceiros!  Eles afrontam a lei,  os próprios trazem à tona o crime que estão cometendo e ainda querem assegurar o “direito” ade  continuar com a prática da ilegalidade.

        Me chama atenção que dois anos atrás uma produtora rural de Carazinho foi condenada pela Justiça porque arrendou uma lavoura de índios, aí mesmo na região da Serrinha. De quem é o maior crime?  Do beneficiado que recebeu a atenção e o patrimônio doado pelo Estado ou de quem recebeu uma proposta, foi lá, plantou e pagou corretamente o arrendamento? 


Obs: Ronda Alta é uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, localizada entre Erechim e Palmeira das Missões

FUNAI dando carona para invasores de propriedades rurais!




FUNAI incentivando conflito contra quem trabalha e produz.
Vale a pena conferir.


  



Não deixem de assistir o vídeo. É importante tomarmos conhecimento deste abuso



Vídeo mostra a chegada de viatura da FUNAI levando índios para promover uma invasão no Mato Grosso do Sul. Se os índios descessem teria início um processo judicial sem fim. Observe o desespero dos produtores rurais. 
E note: 

         a FUNAI faz isso com nosso dinheiro.




quinta-feira, 15 de outubro de 2015

CIMI no banco dos réus: petista não gostou da exposição de jornalistas especializados


Cimi quer apagar a denúncia do crime na CPI em MS
CPI do Cimi continua com polêmicas e impasse sobre depoimentos
Leonardo Rocha
A CPI criada para investigar o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) continua gerando polêmica e impasse entre os deputados. Agora que começou a fase de depoimentos, existem divergência sobre a utilização de estudos apresentados, como na primeira reunião, onde Pedro Kemp (PT) requisitou que seja retirada do documento final.
Veja Mais

Na reunião de ontem (14) foram ouvidos os jornalistas Lorenzo Carrasco e Nelson Barreto, que fizeram uma explanação sobre a história sobre a colonização do país e América do Sul, ressaltando a histórias destes grupos e entidades que apoiam os povos indígenas, com duras críticas e acusações ao Cimi, que teria outros interesses por trás destes trabalhos.
Carrasco chegou a dizer que o Cimi é um “órgão de fachada” para apoiar pleitos de ongs e que foge do seu papel para qual foi criado. Já Barreto disse ser contrário a demarcação de terras que são rentáveis, ressaltando que a Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, foi abandonada.
O deputado Pedro Kemp (PT), integrante da CPI, fez um pedido para que esta reunião não seja incluída nos trabalhos da comissão, pois segundo ele, foram apenas palestras ou uma audiência com nenhuma informação ou apresentação de provas sobre a investigação do legislativo. “Registrei para que não entre no relatório final”.
Já a presidente da CPI, a deputada Mara Caseiro (PT do B), ressaltou que os jornalistas estavam como convidados e não para prestar depoimento, sendo importantes para contextualizar toda esta situação no campo, que já houve em outros lugares e tem toda uma história por trás dos acontecimentos.
“São estudiosos que puderam explicar o sentido real destas invasões, eles não teriam que apresentar provas, mas colaborarem com esta história, pois tem o entendimento da origem e do que aconteceu em outros lugares, como na Raposo Serra do Sol, o que demostra que toda esta ação é orquestrada, a reunião foi muito válida”.
A investigação vai apurar se o Cimi incentiva ou financia as invasões de terras em Mato Grosso do Sul, por grupos indígenas, além de verificar se os recursos que vem de fora do país, para entidade, são usados para melhorar as condições de vida dos indígenas ou para outros interesses.



Índios: Crise da Igreja, crise do Brasil


Crise da Igreja, crise do Brasil

Padre David Francisquini


 
Com a perceptibilidade própria de um profeta, José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil, assim vaticinou o papel de nosso país no concerto das nações sul-americanas: “A terra em que sopra o Sul conhecerá o Teu nome, e ao mundo austral advirão os séculos de ouro, quando as gentes brasílicas absorverem Tua doutrina”. Com efeito, pode-se dizer que o Brasil nasceu à sombra da Cruz e com ela cumprirá a sua missão.

Qual pêndulo que move a engrenagem que marca as horas da História, desde seu nascedouro o Brasil teve de enfrentar lutas, guerras, batalhas de toda ordem para manter-se fiel à sua vocação. Ora contra os calvinistas franceses que desejavam implantar aqui a França Antártica, ora contra os holandeses tomados de ódio ao catolicismo, ora opondo-se à resistência de nativos que tentavam formar uma corrente contrária à evangelização.

Fiel ao mandato de Portugal – que apesar de pequenino se destacara como nação propagadora da fé e do império –, Pedro Álvares Cabral, sob a égide da Cruz de Malta, avistou o Monte Pascoal no litoral da Bahia e ali aportou, chamando a terra descoberta de Vera Cruz, e, depois, Terra de Santa Cruz. O Brasil nasce sob o influxo da Cruz e diante dela foi celebrada a primeira Missa.

Os indígenas se avolumavam em torno de grande cruzeiro e do franciscano, e seguiam juntamente com os descobridores os movimentos do rito sagrado da Missa, que renovava de modo incruento o sacrifício da Cruz. A partir de então começaram a chegar evangelizadores para difundir a fé, os bons costumes e a doutrina deixada por Jesus Cristo, povoando a nova terra de cristãos para a Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

O objetivo principal dos evangelizadores era fazer dos silvícolas novos cristãos e com isso lhes conceder a maior nobreza que um homem pode receber nesta terra. Batizavam, aproximavam as crianças e os jovens dos sacramentos da confissão e da eucaristia, da assistência frequente à Santa Missa, ensinavam hinos aos índios, que assim alimentavam sua piedade e sua fé, ministravam o catecismo, enfim, pregavam o Evangelho de Jesus Cristo.

Os ministros de Deus se preocupavam em ensinar, formar e educar os indígenas na santa religião, para que pudessem viver bem nesta terra e depois conquistar o Céu. Recurso de grande importância enquanto instrumento da propagação da fé e da boa doutrina, bem como para saber portar-se com nobreza e distinção no convívio social, foi a representação de pequenas peças de teatros promovidas por Anchieta.

Com tal obra de apostolado, os evangelizadores criavam um ambiente psicológico para que os índios pudessem compreender o esplendor e a grandeza do nome cristão. Além da religião, eles procuravam constituir povoados por onde passavam, a fim de contribuir para a vida social civilizada, mesclando-se portugueses e indígenas pelo laço do matrimônio indissolúvel. Os missionários procuraram extirpar a poligamia, a libertinagem, o infanticídio, o canibalismo, as superstições e os cultos satânicos.

Os autóctones começaram a viver de maneira digna e nobre. Com isso, em todos os lugares foram constituídos igrejas, capelas, basílicas, mosteiros, casas religiosa e conventos, onde todos podiam cultuar o verdadeiro Deus. Pode-se compreender que por tão grandes feitos o Papa Leão XIII, em 1892, na encíclica “Quarto abeunte saeculo” (Transcorrido o quarto século), tenha qualificado de “façanha mais grandiosa que hajam podido ver os tempos”.

Com efeito, as sementes lançadas pelos evangelizadores da religião cristã vicejaram e frutificaram ao impregnar a atmosfera de uma brasilidade sacralizada que só a Igreja Católica podia proporcionar. Ou seja, os brasileiros foram agraciados por um clima de bênção, de bondade, de doçura, de bem-estar, de harmonia, de equilíbrio, de valor, de empreendimento e de esperança, sem lhes faltar vigor e espírito de luta.

Nóbrega e Anchieta foram os expoentes da verdadeira evangelização que fez do Brasil a maior nação católica do mundo. Há muita felicidade em ser brasileiro e muito bem-estar entre os que aqui escolheram para residir e viver. Anchieta e Nóbrega estão nas antípodas da ‘nova evangelização’ empreendida pelo Conselho Indigenista Missionário-CIMI, que não faz senão descaracterizar a identidade e o temperamento nacionais.

Na verdade, tal evangelização não evangeliza, pois seus “missionários” fazem parte de um movimento revolucionário católico-progressista incrustado no seio da Igreja, o qual não visa mais converter, e sim incrementar a luta de classe, violar os mandamentos ‘não roubarás’ e ‘não cobiçarás as coisas alheias’; numa palavra, visa apenas esborrifar gases venenosos do ateísmo marxista. Não seguem a filosofia de Jesus Cristo, mas a de Marx.

Em seu célebre livro Tribalismo Indígena, ideal comuno-missionário para o Brasil do Século XXI, Plinio Corrêa de Oliveira denuncia o desvirtuamento e a meta da nova evangelização, ao afirmar que “em nossos dias, uma poderosa corrente missionária [...] visa precisamente o contrário: proclama o estado dos silvícolas como a própria perfeição da vida humana, opõe-se à integração dos silvícolas na civilização, afirma o caráter secundário – quando não a inutilidade – da catequese, e não poupa crítica à ação dos grandes missionários de outrora, nem mesmo a de Nóbrega e Anchieta, os quais o Brasil todo venera”.
E prossegue o atilado e combativo líder católico: “Do fundo de nossas selvas, esses neomissionários lançam apelos em prol da luta de classes, que desejam ver corroendo, até às entranhas o Brasil civilizado. O estudo do pensamento dessa corrente neomissiológica é indispensável para quem queira conhecer a grande crise da Igreja no Brasil e compreender de que maneira essa crise tende a contagiar o país, transformando-se, de crise da Igreja, em crise do Brasil”.
Dom Tomas Balduíno, que foi bispo de Goiás e presidente do CIMI, chegou a apregoar: “A convicção profunda dos missionários ligados à Igreja é que estes povos (e eu estou pensando, por exemplo, nos povos indígenas) são os verdadeiros evangelizadores do mundoNós, os missionários, não vamos a eles como quem leva uma doutrina ou uma evangelização que o Cristo nos trouxe e confiou, e que nós revestimos com ritos civilizados e cultos”.

Prossegue Dom Balduíno: “
Vamos a eles sabendo que o Cristo já nos antecedeu no meio deles, e que lá estão as ‘sementes do Verbo’. Temos a convicção de que eles vivem o Evangelho da Boa-Aventurança. E de que por isso se impõe a nós uma conversão às suas culturas, sabedores de que a Boa Nova do Evangelho se encarna em qualquer cultura”.

Que o leitor tire as suas próprias conclusões.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Mato Grosso do Sul: CIMI no banco dos réus....


Em CPI, especialistas alegam que Cimi perdeu característica missionária

CPI do Cimi realiza primeira oitiva nesta terça-feira, dia 13 - Foto: Wagner Guimarães

O sociólogo e jornalista Lorenzo Carrasco e o jornalista Nelson Barretto, convidados para palestrar na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cimi, foram unânimes em dizer na tarde desta terça-feira (13) que o Conselho Indigenista Missionário perdeu sua característica principal, que é de evangelizar e dar assistência aos povos indígenas.

De acordo com Carrasco, enquanto o Cimi toma como vitória o fato de trabalhar há décadas para que os indígenas possam preservar sua organização social, língua, costumes, crenças e tradições, o sectarismo imposto se traduz em prejuízo não só a eles, mas a toda a nação.

Ele defendeu a tese de que tanto o Cimi quanto a Funai (Fundação Nacional do Índio) não se interessam em integrar os indígenas com o restante da sociedade.
"As principais vítimas são os próprios indígenas, por falta de políticas públicas que impedem a convivência deles com o restante do povo brasileiro. A miséria dos indígenas é vista como folclore", disse.

Carrasco questionou o fato do Cimi e demais ONG's nacionais e internacionais de apoio aos povos indígenas só trabalharem em cima do assistencialismo, e não se voltarem ao empreendedorismo.

Para ele, o Cimi "manipula os indígenas contra os interesses dos próprios indígenas", que em sua grande maioria querem o desenvolvimento, e não a segregação.

Lorenzo Carrasco afirma que esse trabalho realizado pelo Cimi e outras organizações da mesma natureza é prejudicial à nação, pois todos os projetos desenvolvimentistas esbarram em litígios de terras consideradas indígenas.

O sociólogo negou já ter prestado serviços a entidades ligadas ao agronegócio em Mato Grosso do Sul. "Não presto assessoria ao agronegócio. Se procura algo errado, não encontrará. Sou conhecido pelos meus estudos", contestou.

Ao agradecer as informações repassadas pelo sociólogo, a presidente da CPI, deputada Mara Caseiro (PTdoB), disse que a palestra foi essencial para compreender o "modus operandi" do Conselho Indigenista Missionário.

"Contribuiu e muito para entender qual a doutrina, o real objetivo, o que pensa o Cimi. Imagino o que o senhor não tem passado esses anos todos. Imagino a pressão, pois aqui, com a CPI, também estamos sofrendo muita pressão", afirmou.

Para o jornalista Nelson Barretto, o Cimi se diz católico, mas não age como tal. Para ele, é impossível cristianizar sem civilizar, ou seja, tornar os indígenas tão capazes, estudados e competitivos quanto qualquer outro cidadão não índio.

"A doutrina dos novos missionários é contrária ao ensinamento católico. Eles acham que a vida tribal é mais interessante. Ao invés de segregar, temos de integrar o índio à sociedade. Não adianta impor aos índios uma política assistencial, é preciso trabalhar para que os indígenas se tornem empreendedores", disse.

O jornalista insinuou que esse tipo de doutrina, imposta pelo Cimi e outras organizações da mesma natureza, deixa a sociedade impregnada com esse tipo de pensamento, visto como ele como equivocado. Ele também criticou o governo federal por permitir a guerra no campo.

"Não é possível um estado ser assolado por 98 invasões. Vem o ministro da Justiça aqui, faz um papelão, como um homem despreparado, prepotente", afirmou, referindo-se ao ministro José Eduardo Cardozo, que esteve em Mato Grosso do Sul, fez promessas, mas não resolveu a questão.

Além da deputada Mara Caseiro, também participaram da sessão desta tarde os deputados Paulo Corrêa (PR), relator da CPI, Marquinhos Trad (PMDB), vice-presidente, Onevan de Matos (PSDB) e Pedro Kemp (PT), membros da comissão.

De acordo com a deputada, os próximos depoentes devem ser o antropólogo Edward Luz, o padre Ricardo Carlos, da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), o delegado de Polícia Federal Alcídio de Souza Araújo, e os produtores rurais Ricardo e Jucimara Bacha e Vanth Vanni Filho. A ordem ainda será definida pelos membros da comissão.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Roraima: "Ai dos vencidos!"


Vae victis! Ai dos vencidos!

 Paulo Henrique Chaves

País de índole cordial e amena, o Brasil vem sendo sistematicamente empurrado para um caos institucional que, a cada dia, o descaracteriza de uma das melhores de suas qualidades: a bondade. Ao ser fustigado por maus políticos, por péssimas leis e pelos mais corrompidos costumes, o país vem se tornando estranho aos seus próprios filhos. Com efeito, o Brasil está deixando de ser brasileiro.

Cinjo-me a um exemplo: a questão fundiária. À primeira vista, pareceria estar em ordem, dado os repetidos êxitos da agropecuária, fonte de divisas e de alimentação farta e barata para a mesa dos brasileiros. Mas, desde que relativizaram o direito de propriedade na Constituição, muitas injustiças vêm sendo cometidas contra quem trabalha e produz.

Essa perseguição aos proprietários rurais rompe tradições, destroça lares e desarticula famílias ao criar rancores com o assalto às suas propriedades. O brasileiro assiste, como que anestesiado, a sua bonomia dar lugar à luta de classes ­­­­-- que representa o anti-Brasil -- configurando a sua derrota diante da vocação providencial de se tornar um dos maiores povos da terra.

Na Roma antiga, costumava-se bradar diante do inimigo derrotado: “Ai dos vencidos!” Enquanto nas classes dos proprietários muitos parecem dormitar num incompreensível torpor, a esquerda leiga, e, muito acentuadamente, a eclesiástica espalham a revolução e a discórdia de norte a sul do País. O que vem ocorrendo nos últimos anos em Roraima – de onde acabo de chegar -- é resultado sintomático dessa ação perversa. 

Ainda bem o Estado não tenha se recuperado da tragédia representada pela expulsão das 300 famílias -- além de uma dezena de arrozeiros responsável por 8% de seu PIB -- para a criação da reserva Raposa/Serra do Sol, nova perseguição se abate sobre outros de seus pioneiros nos confins do Brasil com a Guiana inglesa. 
Tal desatino leva os nossos governantes -- coadjuvados pela CPT, CIMI, ONGs – a fazerem aparecer índios onde nunca os houve; a transformarem descendentes de negros em quilombolas onde jamais existiu quilombo; espalharem favelas rurais nos campos, através da reforma agrária socialista; a criarem unidades de conservação, como mais um parque ecológico em Roraima.

Com uma população de apenas 500 mil habitantes e território equivalente ao do Estado de S. Paulo, Roraima já possui 32 reservas indígenas e mais de uma dezena de parques que tomam mais de 60% de sua superfície. Se do restante excluirmos as áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente, além dos leitos de seus rios, igarapés e estradas...

... O leitor se dará conta de que pouco restou para se plantar e criar, ou seja, apenas 1.500.000 de 22.500.00 hectares. Ademais, a situação fundiária do Estado está à mercê das políticas caprichosas do INCRA, IBAMA e FUNAI, o tridente do governo federal, segundo expressão do arrozeiro expulso da Raposa/Serra do Sol e hoje vice-governador do Estado, Paulo César Quartiero.

Mas não há antídoto que debele a febre de desapropriações deste governo. Em virtude do Decreto 6.754, de 2009, foram transferidas as terras da União para Roraima, mas com a condição de se criar alguns parques, entre eles um na área do lavrado. Os sensatos afirmam que, a ser feito, deveria ser dentro de uma terra indígena, enquanto os insensatos discordam, alegando “dupla afetação”.

Quanto farisaísmo! Pois para esses mesmos insensatos, o parque poderá afetar terras de particulares que trabalham e produzem numa região há mais de 100 anos! E depois não é verdade que tal não possa ocorrer, pois há o precedente insofismável de a reserva Raposa/Serra do Sol ter sido criada dentro do já preexistente Parque Nacional Monte Roraima!

Para concretizar este diktat do governo Lula, o tridente IBAMA, FUNAI, INCRA vem agindo para enxotar cerca de 150 famílias de produtores da região da Serra da Lua, coincidindo não por acaso com mais uma grande faixa de fronteira. E isso vem despertando uma reação salutar das pessoas em vias de ser atingidas pela medida.

Enquanto os governos militares mantiveram na Amazônia a política de ‘ocupar para integrar’, os atuais procedem em direção oposta, ou seja, retiram aqueles que há décadas, para não dizer um século, estão ali radicados, bem como os que se integraram à região a partir de 1970 e 1980, mas hoje qualificados de ‘intrusos’. Causa estranheza tanta terra para tão poucos índios manipulados por incontáveis ONGs.

Tanto é verdade que o ex-comandante militar da Amazônia, General Augusto Heleno R. Pereira, chegou a declarar ser difícil entender a razão de haver pouquíssimas ONGs se dedicando aos  nordestinos, enquanto centenas de outras atuam junto aos índios. Segundo o general, trata-se de uma questão de soberania do país.

E mais. Essas extensas áreas demarcadas vêm coincidindo sistematicamente com as nossas fronteiras, como poderão ser vistas no mapa e, ainda, sobre importantes jazidas minerais. Parece que sob o pretexto de salvar o planeta, ONGs internacionais querem comprometer a soberania e restringir o desenvolvimento brasileiro, contando infelizmente com a cumplicidade da esquerda de todos os naipes.

E não foi por falta de aviso. Por ocasião da discussão do Projeto da atual Constituição, Plinio Corrêa de Oliveira advertiu: “Ao adotar concepção tão hipertrofiada dos direitos dos índios, abrirá caminho a que se venha a reconhecer aos vários agrupamentos indígenas uma que soberania diminutae rationis. Uma autodeterminação, segundo a expressão consagrada”.


E fez um apelo: “Resista, brasileiro, a menos que tenha morrido em sua alma a fibra do cristão e do desbravador dos outros tempos.”