segunda-feira, 13 de junho de 2016

Dom Bertrand em Campos (RJ) fala sobre ambientalismo e política nacional


Folha da Manhã (Campos-RJ) 13/06/2016

Dom Bertrand adverte sobre perigo do ambientalismo



Celso Cordeiro Filho
Foto: Rodrigo Silveira 


“O Brasil está em uma encruzilhada histórica. Ao lado da esperança de afinal reencontrar o caminho certo, há o risco de falsos rumos. 
Após uma provável queda do projeto socialista no Brasil, que poderá ocorrer com o fim do modelo lulopetista, precisamos estar alertas ante falsas alternativas, que poderão nos levar ao mesmo abismo a que a cobra socialista nos está tentando conduzir nos últimos anos.” 
A advertência foi feita no final da tarde de sábado (11), na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), pelo príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, que analisou o momento político brasileiro.
Convidado pela seção local do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, quando foi saudado por Fábio Cardoso — que enalteceu as qualidades do orador e ressaltou o trabalho que desenvolve há anos pela integridade da doutrina católica —, o conferencista, inicialmente, fez uma saudação à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e entoou o “Pai Nosso”, acompanhado pela expressiva plateia que se fazia presente à CDL. 
Entre os muitos conceitos emitidos, chamou a atenção para o movimento ambientalista, que, para ele, tem segundas intenções como prenuncia o título de sua conferência: “Psicose ambientalista: os bastidores do ecoterrorismo para implantar uma ‘religião’ ecológica, igualitária e anticristã”.
Após discordar da máxima de que a “Amazônia é o pulmão do mundo”, lembrou que, entre os países mais poluidores, o Brasil se encontra na 17ª posição, com 1,4% de despejo de gás carbônico (CO2) na atmosfera. “Em primeiro lugar, está a China, com 23%, seguido dos Estados Unidos, com 19%, Rússia, 5,5%, e Índia, 4,8%. 
Não há esse perigo propagado pela mídia de que o mundo ficará irrespirável dentro de poucos anos. Está provado cientificamente que todas as camadas (polares e afins) se renovam dentro do processo natural, que é comum à natureza em todo o mundo”, observou.
No entanto, ele fez questão de salientar que, naturalmente, o homem tem a obrigação de preservar, de conservar e de manter as florestas, os cursos d’água (rios) e as reservas naturais. “Afinal, é uma dádiva de Deus e não podemos destruí-la, mas daí se criar um falso alarmismo esconde segundas intenções. 
Outra balela: vai faltar comida no mundo? Tomemos o Brasil como exemplo: somos um dos maiores produtores agrícolas do mundo. O agronegócio rende altas somas a ponto de equilibrar o orçamento brasileiro. Temos 47,3% de energia renovável. Enfim, somos um país riquíssimo”, acrescentou. Dom Betrand lamentou não poder dizer o mesmo em relação à nossa classe política.
Outro ponto polêmico em que tocou foi a reforma agrária que, segundo sua avaliação, é um fracasso e, durante o governo da presidente afastada Dilma Rousseff, “pior ainda”. E explicou: “Segundo as últimas estatísticas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), temos, hoje, 84 milhões de hectares distribuídos entre os assentados e nada de produtivo foi obtido. 
Temos, assim, uma pobreza rural sustentada pelo governo em nome de um socialismo que não funciona, não funcionou (outras tentativas) e não funcionará por ser inexequível” completou. Ao final, foi muito aplaudido, cumprimentado e autografou exemplares de vários livros que já publicou sob o patrocínio do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira. Espera voltar logo a Campos: “Tenho uma excelente relação com a cidade e sua gente.”

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