sábado, 17 de outubro de 2015

Índios arrendam as terras das reservas que recebem do governo


Índios arrendam suas terras


      A “razão” pela qual os índios andam bloqueando a RS-324, em Ronda Alta, é um achaque ao Estado de Direito.  Fiquei perplexo ao saber que o que eles querem é o “direito” de continuar arrendando as terras que foram assentados. 

Nenhum imóvel rural ou urbano  pode ser locado ou arrendado em projetos de assentamento. O objetivo de um assentamento é atender uma necessidade de moradia e de sobrevivência. 

Por isso que é proibido locar imóveis desse tipo. Até mesmo na cidade, uma casa ou apartamento do Minha Casa Minha Vida, por exemplo,  só pode ser usado pelo próprio beneficiário. 

       Em Ronda Alta, os índios conseguiram 12 mil hectares, há 20 anos, desalojando centenas de colonos, na chamada  Serrinha. Alguns deles estão muito próximos de nós, foram assentados no Assentamento 25 de Julho, em Três Lagoas, Ernestina. O próprio prefeito Nico e o vereador Rosseto eram moradores da Serrinha e tiveram suas terras expropriadas, entregues para os índios, e imediatamente arrendadas para brancos.

        O que assistimos nesse protesto dos índios é um achaque a ordem pública.  A Justiça Federal, em acordo com a lei, os proibiu de continuarem arrendando as terras. Em regra só arrenda terras quem não precisa delas para sobreviver.

 É o que fazem os proprietários rurais aposentados ou que têm outras atividades. Veja, numa área de cinco hectares, uma família pode sobreviver produzindo leite. Se for arrendar cinco hectares, receberá 70 sacas de soja, irá faturar menos de R$ 5 mil por ano. 

É por isso que os índios reivindicam áreas enormes. Quanto mais terra, mais arrendamento. O que está acontecendo em Ronda Alta é a evidência de que índio não serve para a roça, não é dado ao trabalho da lavoura, deveria ser assentado na  cidade  para atender a necessidade de mão-de-obra,  no país que chegou ao pleno emprego. 

Muitas demarcações são feitas sob o argumento de que precisa-se manter a cultura do índio no campo. E aí? Manter cultura de que forma se não querem trabalhar na lavoura, locam as terras para terceiros!  Eles afrontam a lei,  os próprios trazem à tona o crime que estão cometendo e ainda querem assegurar o “direito” ade  continuar com a prática da ilegalidade.

        Me chama atenção que dois anos atrás uma produtora rural de Carazinho foi condenada pela Justiça porque arrendou uma lavoura de índios, aí mesmo na região da Serrinha. De quem é o maior crime?  Do beneficiado que recebeu a atenção e o patrimônio doado pelo Estado ou de quem recebeu uma proposta, foi lá, plantou e pagou corretamente o arrendamento? 


Obs: Ronda Alta é uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, localizada entre Erechim e Palmeira das Missões

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