quinta-feira, 28 de maio de 2015

Sepultamento do MST e afins



O SR. MISAEL VARELLA (DEM-MG. Pronuncia o seguinte discurso [18/5/15 Câmara dos Deputados] 

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, mais de 200 milhões de toneladas de grãos – entendidos como tais cereais, leguminosas e oleaginosas – estão previstos para a próxima safra, quando a agricultura brasileira deverá ultrapassar um marco histórico. 

Com efeito, há pelo menos quatro décadas que o Brasil deixou de ser conhecido pelas suas monoculturas de café e cana-de-açúcar para se tornar referência mundial nesse campo complexo do agronegócio.


Celso Ming em seu artigo Agro-recorde [in OESP] mostra que em apenas dez anos, a produção de grãos aumentou 62% e a de cana-de-açúcar, 66%, com um crescimento de apenas 19,2% da área plantada, o que mostra o enorme incremento de produtividade. 

Isso aconteceu não somente por meio de incorporação de tecnologias modernas de seleção de sementes, preparo de solo, plantio, armazenamento e processamento, mas reflete avanço da mentalidade empresarial do setor, que abrange não apenas empresas, mas também a agricultura familiar.

Aqui, o agronegócio não é regado a subsídios como acontece na maioria dos países ricos. Se hoje conta com boa oferta de crédito é também porque é merecedor, pois vem obtendo sucesso num ambiente hostil em que outros setores, especialmente a indústria, vêm se dando mal.
Avança a despeito da política econômica muitas vezes predatória. Nos últimos dez anos, por exemplo, o governo sangrou o setor sucroalcooleiro com sua política de represamento dos preços dos combustíveis. Nada menos que 60 usinas foram obrigada a fechar suas portas desde 2009, cerca de outras 70 se acham em recuperação judicial e sabe-se lá quantas mal conseguem sobreviver.

Centros de decisão importantes do governo trabalharam contra o uso de sementes geneticamente modificadas (transgênicas) e atrasaram o desenvolvimento da Embrapa nessa área.

Sr. Presidente, o agronegócio se tornou um setor vencedor a despeito da infraestrutura sucateada ou inexistente no país, que atravanca os corredores de exportação no auge da safra. 

Ademais, enfrenta o alto custo Brasil, mas apesar disso segue batendo recordes mesmo convivendo com o forte período de estiagem que vem assolando o nosso país-continente.

Mas não dá para ignorar, igualmente, que o sucesso do nosso agronegócio vem esvaziando e sepultando os escusos movimentos que diziam lutar por uma Reforma Agrária. Graças a Deus.


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