sexta-feira, 6 de março de 2015

MST, PT = destruição de eucalipto e do Brasil


MST comemora ação que destruiu mudas para 

pesquisa de empresa no interior de São Paulo


Para o movimento, sensação é de vitória porque não houve aprovação do cultivo de eucalipto geneticamente modificado

POR SÉRGIO ROXO

O MST comemorou a ação de quinta-feira que destruiu mudas de eucalipto cultivadas há 14 anos para pesquisa genética na empresa FuturaGene Suzano, em Itapetininga, no interior de São Paulo. 

Em texto publicado hoje (sexta-feira) em seu site, o MST afirmou que os “movimentos sociais saem com a sensação de vitória”, porque conseguiram barrar a votação na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que liberaria o cultivo de transgênico da espécie.

Cerca de 500 mulheres do MST invadiram a empresa, quebraram estufas, picharam paredes e destruíram mudas. Também na quinta-feira em Brasília, um grupo de militantes da Via Campesina impediu a reunião da CTNBio.

Questionada sobre os prejuízos provocados pela ação, Atiliana Brunetto, da coordenação nacional do MST, disse que a ação era necessária para atrair a atenção para modificação genética do eucalipto.

- Temos uma obrigação de denunciar. Se a gente fizesse só passeata, será que iriam nos ouvir? É uma forma de luta.

A líder sem terra afirma que as espécies geneticamente modificadas trazem risco para o meio ambiente. O MST avalia que a produção de mel seria contaminada no país. O mel produzido em colmeias cujas abelhas visitassem flores de eucaliptos transgênicos também conteria material transgênico. 

Outro ponto é o aumento do consumo de água. O transgênico consumiria, de acordo com o movimento, mais água durante os primeiros anos de crescimento, já que a colheita da planta seria feita com cinco anos e não a partir dos sete, como ocorre hoje.

O MST também relata que os movimentos sociais do campo estão de prontidão para quando a CTNBio marcar novamente a votação da liberação do cultivo da espécie geneticamente modificada.

Na FuturaGene, os funcionários passaram a sexta-feira contabilizando os prejuízos financeiros e científicos. A empresa informa que desenvolve o eucalipto geneticamente modificado desde 2001. 

A espécie tem aproximadamente 20% de aumento de produtividade em comparação com a planta convencional. A tecnologia vem sendo avaliada desde 2006. 

De acordo com a FuturaGene, a mudança permitirá obter maior volume de madeira utilizando menos recursos. A empresa diz que, quando obtiver a aprovação na CTNBio, pretende executar o plantio de forma gradual. 

Assim, apenas uma parte da área plantada anual seria ocupada com o eucalipto geneticamente modificado, e a primeira colheita desse plantio chegaria ao mercado em seis ou sete anos.


http://oglobo.globo.com/brasil/mst-comemora-acao-que-destruiu-mudas-para-pesquisa-de-empresa-no-interior-de-sao-paulo-15524764#ixzz3TeOXuX9M

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