sábado, 31 de maio de 2014

Índios: "Morte aos produtores rurais!"


 O Brasil vai morrendo aos poucos...

Terminou tensa a reunião dos indigenistas com o ministro da Justiça, José Cardozo, no início de noite de ontem. 

Os índios deixaram o Ministério da Justiça declarando "guerra" ao ministro e morte aos produtores rurais que atrapalham as demarcações de terras indígenas. 

Os índios que fizeram baderna em Brasília dias atrás exigiam a demarcação de 47 terras indígenas que cobrem uma área de 3,2 milhões de hectares, maior do que o Estado de Alagoas, boa parte ocupada por pequenos agricultores.

O ministro disse aos caciques que assinar portarias de demarcação pode acirrar o conflito ao contrário do que dizem os indigenistas. "Foi uma portaria declaratória que matou Oziel Terena", disse Cardozo se referindo ao índio morto pela Polícia Federal ao resistir a uma reintegração de posse no Mato Grosso do Sul. 

Os índios haviam invadido a propriedade depois da assinatura da portaria declaratória.

O cacique Uilton Tuxá, um dos 18 integrantes da comissão que esteve com o ministro, afirmou que foi a "pior" reunião com o governo federal da qual eles já participaram. "Ele [Cardozo] disse que não vai assinar nada. Eu nunca esperei que um governo do PT pudesse agir com tanta arbitrariedade", completou o Tuxá.

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"Muitos fazendeiros vão morrer", disse um dos indígenas que participou da manifestação. Os índios deixaram o ministério declarando "guerra" ao governo e aos produtores rurais.

Entre as terras indígenas exigidas pelo grupo estão ampliações de áreas como a Manoki-Irantxé e Kanela Memortunré. A ampliação é vedada pelo STF e advogados da União não podem atuar nesses processos por força da Portaria 303 da Advocacia Geral da União.

Os índios também exigem a demarcação da Babaulândia, a chamada Terra Indígena Tupinambá de Olivença, do cacique Babau, cujo laudo demarcatório tem graves denúncias de fraude.

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Outra área exigida pelos índios é a terra Votouro-Kandoia, motivo do assassinato recente de dois pequenos agricultores familiares no Rio Grande do Sul.


Após o encontro, o ministro divulgou uma nota oficial na qual afirma que a pasta está empenhada em encontrar soluções para as questões apresentadas por meio da mediação.


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