terça-feira, 5 de março de 2013

Assentados da Reforma Agrária vivem da Bolsa Família e de ...


...outras benesses do governo



Entre 1994 e 2011, o governo quase multiplicou por 10 o número de assentamentos no país, de 934 para 8.565.

Foram distribuídos 87 milhões de hectares (10,8% do território nacional) aos ditos sem terra. Como sempre previmos e alertamos, tal distribuição não resolveu e não vai resolver o problema da pobreza.

Estatísticas otimistas apontam que 36% dos assentados dependem da Bolsa Família para sobreviver.

Segundo dados do INCRA, 339.945 de 945.405 famílias recebem o benefício destinado aos 22 milhões de brasileiros classificados como miseráveis (renda por pessoa de até R$ 70, para famílias com ou sem filhos, e de até R$ 140 para famílias com filhos).

Se consideradas todos os assentados inscritos no Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento Social que são pobres - renda mensal por pessoa de até R$ 339 -, o número sobe para 466.218, o equivalente a metade (49%) de todos os que já receberam terras.

Ou seja, de cada dez assentados, entre quatro e cinco não alcançaram emancipação financeira que permita retirar da terra, além do sustento, algum dinheiro para vestir, educar os filhos.

A situação dos assentamentos levou o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, a dizer em fevereiro que eles se assemelham a “favelas rurais”.

Em janeiro, O GLOBO mostrou que oito em cada dez jovens já deixaram os assentamentos em busca de uma vida melhor, ou pretende fazê-lo, segundo a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf).




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