quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Números que falam

Destaques ambientais do Brasil


Essa avalanche legislativa parece desconhecer que o Brasil já é o país com mais áreas protegidas no mundo: 2,4 milhões de quilômetros quadrados, representando nada menos que 28% de seu território.


Dados da Embrapa confirmam que a nossa matriz energética é uma das mais limpas do mundo. Com efeito, o Balanço Energético Nacional mostra que 47,3% da energia brasileira provém de fontes renováveis, contra a média mundial de 18,6%.


A média do uso de energia renovável nos 34 países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE é de apenas 7,2% (http://ben.epe.gov.br/).


Além de grande produtora de alimentos e fibras, a agricultura garante 30,5% da matriz energética do Brasil, com 68,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP). A cana de açúcar (etanol, co-geração de energia elétrica e outros) garante 18,3% da energia, tendo ultrapassado há anos a contribuição das hidrelétricas (15,2%).


As florestas energéticas (lenha e carvão) garantem 10,3% da matriz. Graças ao seu desenvolvimento tecnológico, a agricultura consome apenas 4,5% de energia fóssil na matriz — algo equivalente a 9,1 milhões de TEP — para produzir toda a agroenergia (http://ben.epe.gov.br/).


A técnica do plantio direto eliminou a aração em mais de 266.000 km2, reduzindo em 40% o consumo de diesel (www.febrapdp.org.br/).


O Brasil pouco contribui para o assim chamado efeito estufa. O mundo emitiu 31,5 bilhões de toneladas de CO2 de origem fóssil em 2008.


A China responde por 21% das emissões mundiais (6,5 bilhões de toneladas), seguida pelos EUA (19%), Rússia (5,5%), Índia (4,8%) e Japão (3,9%). Esses cinco países somam 53,4% das emissões planetárias.

A China aumentou sua emissão em um bilhão de toneladas de 2005 a 2008.


Com 428 milhões de toneladas anuais, o Brasil ficou em 17º lugar (1,4%), bem atrás de Alemanha, Canadá, Inglaterra, Irã, Itália, África do Sul, Austrália, México, Indonésia e outros, segundo dados da Energy Information Administration (http://tonto.eia.doe.gov).


Está entre os que menos emitem CO2 por habitante/ano. A Austrália e os Estados Unidos são líderes da emissão de CO2 por habitante/ano: 20,3 e 19,9 toneladas! Só perdem para alguns países produtores de petróleo, como Qatar (74 t) ou Emirados Árabes (43 t).


Em seguida vêm o Canadá (17,9 t), a Holanda (17 t), a Estônia (16 t), a Bélgica (14,9 t) e a Rússia (11,7t). Com 17 t, a Holanda é uma das campeãs europeias de emissão por habitante.

Cada brasileiro contribui com 2,1 toneladas de CO2 por ano, dez vezes menos que australianos e norte-americanos, quatro vezes menos que os europeus e metade da média mundial. Neste ranking, ocupamos a cômoda posição de 86º no mundo (http://tonto.eia.doe.gov).

Ademais, o Brasil é um dos líderes mundiais em economia de baixo carbono. O quociente entre o total de CO2 emitido e o PIB dá uma medida da eficiência energética e ambiental das economias nacionais na geração de riquezas.


Os campeões de emissões de CO2 para gerar riquezas são Coréia do Sul (1,45), África do Sul (1,38), Cuba (1,34) e Ucrânia (1,2). Com um quociente de 0,24, o Brasil é mais eficiente do que uma centena de países no mundo, ocupando a 104ª posição.

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