sábado, 14 de fevereiro de 2009

Lamentável desperdício em época de crise

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Ruralistas de RR protestam
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Enquanto os governadores da Amazônia Legal e o ministro Mangabeira Unger participam de um fórum no Palácio do Governo de Roraima para discutir o Plano Amazônia Sustentável, a 250 metros dali, ruralistas despejam grãos, soltam morteiros, cantam o Hino Nacional e fazem discursos em protesto contra a decisão das grandes companhias fabricantes de óleo de soja de não comprar grãos de plantações situadas na Raposa Serra do Sol .
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Para produtores, cem mil sacas de soja estão sem comprador desde que a companhia Bungue e o grupo Maggi (da família do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, presente ao fórum) decidiram não comprar o grão, em respeito à moratória proposta pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
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A primeira moratória da soja foi assinada em julho de 2006 e o convênio assinado entre a Abiove e organizações ambientalistas (Greenpeace, WWF, Conservação Internacional, entre outras). No ano passado, ela foi renovada por mais um ano com a participação do Ministério do Meio Ambiente.
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Segundo o termo, as indústrias processadoras de soja não podem comprar matéria-prima de nenhuma área protegida, como terras indígenas e unidades de conservação ambiental.
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“O problema não é só perder a produção, mas não ter condições de fazer novo plantio”, lamenta Paulo César Quartiero. Segundo ele, os grãos estocados não podem ser embargados porque o STF ainda não terminou o julgamento sobre a demarcação da reserva indígena.
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