segunda-feira, 14 de julho de 2008

Terra de índios/Proteção ambiental


O que se esconde atrás disso?

Recado do Blog: Leitor credenciado apela para bom senso no jornal "O Esatdo de São Paulo". Não deixe de ler a matéria. Vale a pena!

"Leio no 'Estado' de 28/06/08 que o Ministério Público Federal pretende embargar o projeto de implantação de um porto marítimo em Peruíbe, sob a alegação de que o local é habitado por índios da etnia guarani.

Eu conheço a região desde que nasci, há mais de 70 anos. O local, onde estão instaladas as 42 famílias de índios, objeto de toda essa discussão, é leito da ferrovia que lá existe desde 1913 e que foi por eles invadida.

Não há como, nem de longe, dizer que aqueles índios são originários daquela terra em que eles moram, ocupando edificações da ferrovia, que está paralisada.

Quem olhar a fotografia estampada pelo “Estadão” poderá ver a faixa de terra onde durante décadas houve uma atividade de mineração, encravada entre duas áreas densamente povoadas, uma em Peruíbe e outra em Itanhaém. Serão porventura essas áreas também dos índios?

Enquanto essa extravagante discussão prospera, retarda-se a implantação de uma obra de grande importância para o Brasil, para o Estado de São Paulo, para a região e para os próprios índios invasores e seus irmãos que habitam aldeias remanescentes em regiões próximas com baixíssima qualidade de vida.

O progresso do País e o desenvolvimento do seu povo dependem de obras de infra-estrutura. Entretanto, há muito mais esforços contrários à sua implantação do que a favor, como ocorre com as hidrelétricas e até a navegação fluvial na amazônica, com base em argumentos inconsistentes, freqüentemente oriundos do desconhecimento ou do interesse de grupos econômicos ou políticos.

Está claro que, se para abrir uma estrada, deveremos transpor um rio, a melhor solução não será secá-lo, mas sim realizar obras que permitam a transposição, reduzam as ocorrências de enchentes, facilitem a navegação, ensejem a produção de eletricidade. Tais conseqüências se somam aos benefícios de abrir a estrada.

É verdadeiramente incompreensível o esforço que muitos estão fazendo para retardar o desenvolvimento nacional, em nome de uma pretensa proteção do ambiente, que desconhece as necessidades da população e a condena à situação de subdesenvolvimento e, às vezes, de verdadeira miséria.

É preciso reconhecer que a parte mais relevante do ambiente é o homem e que seu desenvolvimento pode e deve ser perfeitamente conciliável com a defesa dos recursos naturais".

Fonte: Adriano M. Branco
ambranco@uol.com.br
Ex-secretário dos Transportes do Governo Montoro



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